Pippi Meialonga, de Astrid Lindgren

Título: Pippi Meialonga

Série: Pippi Meialonga #1

Autora: Astrid Lindgren

Editora: Companhia das Letras

Páginas: 160

Ano: 2001

Sinopse: Píppi é uma menina de nove anos incrivelmente forte. Não tem pai nem mãe e mora sozinha, mas feliz da vida. Seus companheiros são um cavalo e um macaquinho. Ela mesma faz suas roupas - bem esquisitas - e sua comida - biscoitos, panquecas e sanduíches. Destemida e sapeca, lembra a Emília do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Píppi tem sempre uma resposta na ponta da língua e demonstra grande confiança em si mesma. Dá uma surra em cinco meninos brigões, engana os policiais que querem levá-la para um lar de crianças, põe dois ladrões a correr e enfrenta um touro a unha. Nada convencional, causa espanto e confusão por onde passa, seja na escola, no circo ou na casa de seus vizinhos. É, enfim, uma menina que realiza sonhos de liberdade e aventura. Absolutamente encantadora. 

Avaliação: 4/5 estrelas

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STATUS | MARATONA LITERÁRIA DE FÉRIAS - infantil 5/5

 

Não era de hoje que eu tinha vontade de conhecer Pippi Meialonga. Toda vez que eu ia até a biblioteca, via o livro na estante de livros antigos e ficava tentado em pegar. No entanto, nunca peguei. Quando surgiu a proposta da Maratona Literária de Férias, sendo que uma das obrigações era ler um livro infantil, tinha me esquecido desse e coloquei Diário de um Banana. Como não consegui pegar esse, acabei decidindo conhecer Pippi Meialonga. E não me arrependi.

Clássico da literatura escandinava, Pippi Meialonga é uma garotinha de nove anos que não tem medo de nada: vive com seu macaco, Sr. Nilson e um cavalo, faz suas próprias roupas (que são para lá de esquisitas...), vive sozinha na Vila Vilekula, sem pai nem mãe (o pai era o rei dos canibais). Sempre com uma resposta na língua, Pippi não tem noção dos perigos que a vida lhe cerca, tampouco os deveres de uma criança. Ela acaba fazendo amizade com Tom e Aninha, que vivem próximo a sua casa, e juntos, passam pelas maiores aventuras juntos.

Sabe quando se é criança, e temos a imaginação de que podemos tudo? Que temos super-poderes, ou que nos imaginamos passando pelas maiores aventuras e perigos? Pois é, todos esses desejos estão presentes no primeiro livro da série. Pippi Meialonga passa por boas situações, que muitos poderiam considerar sendo de perigo extremo, mas que ela leva tudo no divertimento. Como por exemplo quando vão assaltar sua casa: ela não tem noção do que aqueles homens queriam, e para variar, acaba ensinado xote para eles. Ou quando acontece um incêndio, e Pippi encara aquilo como um divertimento: ela vai e salva as pessoas. Ou quando vai ao circo, ou como ela diz “firco”: ela acaba roubando a cena. São situações assim que muitas vezes fazem parte de um imaginário infantil, afinal, a criança tem uma mente inocente e ela não sabe realmente diferenciar o certo do errado. Sempre com uma história para contar, de uma aventura que viveu, de um dragão que matou, Pippi cativa aos poucos não apenas as crianças, mas também a jovens e adultos. Tom e Aninha, seus amigos, a principio acham ela meia maluquinha, mas depois se acostumam com o jeito da amiga.

A única ressalva que faço no livro é que o atrevimento de Pippi passava um pouco dos limites em algumas situações. A criança tem o direito de sonhar e viver suas aventuras (dentro da imaginação), mas tem que ter certo limite. Talvez se a autora tivesse colocado os pais de Pippi na história, que estariam ali, auxiliando e tomando conta da menina, o livro tivesse me agradado ainda mais. Mesmo assim, é uma leitura que vale a pena ser feita, seja pela Pippi, seja pelas situações, seja pelos diálogos!